Fim de ano chegando, e quem não conhece alguém que está no limite da saúde mental?
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros podem estar lidando com a Síndrome de Burnout. Essa condição é marcada pelo esgotamento profissional decorrente de ambientes de trabalho altamente estressantes.
O Burnout surge como resultado de um estresse crônico e mal administrado, manifestando-se por:
- Exaustão emocional;
- Distanciamento ou indiferença nas relações pessoais;
- Diminuição da sensação de realização no trabalho.
Por muito tempo, o estresse no trabalho foi ignorado. Hoje, no entanto, questões psicológicas e emocionais são tratadas com a mesma seriedade que problemas físicos. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a Síndrome de Burnout como uma condição ocupacional, exigindo atenção para prevenção, diagnóstico e tratamento adequados.
A Conexão Entre Trabalho e Burnout
A relação entre a vida profissional e a Síndrome de Burnout é clara. Afinal, o trabalho ocupa grande parte do nosso dia, com responsabilidades sob uma supervisão que nem sempre é eficiente. Entre os fatores que contribuem para o esgotamento, destacam-se:
- Falta de organização;
- Abusos no ambiente de trabalho;
- Jornadas de trabalho prolongadas;
- Condições inadequadas de trabalho;
- Excesso de responsabilidades.
Esses fatores, além de afetarem diretamente a saúde mental, também prejudicam a vida pessoal do trabalhador, interferindo em outras áreas importantes do cotidiano.
Como Confirmar o Diagnóstico de Burnout?
Para confirmar que você está sofrendo com a Síndrome de Burnout, o primeiro passo é buscar uma avaliação médica. O diagnóstico considera:
- Os sintomas apresentados;
- O histórico de trabalho;
- O histórico pessoal do paciente.
Normalmente, o processo envolve consultas com profissionais de saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras, que podem solicitar exames para descartar outras condições. O laudo médico é essencial para comprovar a condição e para reivindicar seus direitos.
Direitos Garantidos ao Trabalhador com Burnout
Após o diagnóstico, o trabalhador tem direito a:
- Afastamento remunerado: o empregador é responsável pelos 15 primeiros dias de afastamento por atestado médico;
- Auxílio-doença: após os 15 dias, o INSS passa a conceder o benefício, com recolhimento do FGTS durante o período de afastamento;
- Estabilidade no emprego: o trabalhador tem direito a 12 meses de estabilidade após o retorno;
- Indenização por danos: se a empresa negligenciar a condição do funcionário, é possível buscar reparação por danos morais e materiais na Justiça.
Preserve Sua Saúde e Proteja Seus Direitos
Caso você esteja enfrentando sintomas relacionados ao Burnout, é crucial buscar ajuda profissional imediatamente. Reconhecer e tratar a síndrome precocemente é essencial para garantir seu bem-estar e prevenir complicações mais graves.
Estamos à disposição para ajudar você a assegurar seus direitos trabalhistas. Cuide do que realmente importa: sua saúde.